segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Voluntariado na primeira pessoa: Christine Carvalho

Christine é voluntária aqui no Centro Comunitário de Carcavelos desde Abril de 2012, mas já fazia voluntariado há muitos anos: “já faço voluntariado pelo menos desde os meus trinta anos”. Em 2012 decidiu começar a ajudar aqui no CCPC, apesar de viver na Parede, já que “aprecia muito a obra social desenvolvida aqui em Carcavelos”.
Ao perguntarmos como surgiu o desejo de se tornar voluntária, Christine explica que procurava um emprego em regime part-time mas não conseguiu realizar esse objectivo. Ao deixar de trabalhar, o voluntariado permitiu-lhe, então, ocupar e tornar útil o tempo livre que tinha.


Actualmente ajuda nos serviços da Secretaria, nas Apresentações Quinzenais e dá apoio ao GIP (Gabinete de Inserção Profissional). Mas Christine mostra-se disponível e com vontade de ajudar também noutras áreas que o Centro precise de apoio: “estou disposta a ajudar sempre no que for necessário, o que me motiva a ser voluntária aqui no Centro Comunitário é sentir-me muito bem acolhida por todos”.
Quando perguntamos a Christine o que é para ela ser voluntária, a resposta é curta e directa, como lhe é característico: “Ser voluntária para mim, é fundamentalmente, dar algo aos outros sem esperar nada em troca.”

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Tardes de Poesia – com a presença de João Baptista Coelho

No dia 28 de Janeiro, o Centro Comunitário organizou a primeira sessão das “Tardes de Poesia”. Há semelhança das tardes de Cinema, esta foi mais uma iniciativa da Comissão Sénior, que pretende assim, dinamizar as tardes do Espaço Sénior com diferentes propostas de âmbito cultural, informativo e lúdico.
Nesta primeira sessão recebemos João Baptista Coelho, que intercalou a recitação de poesia com excertos da sua vida, rica em experiências, e procurou motivar o público sénior que assistia, através das suas palavras.


Nascido em 1927, começou a trabalhar com 9 anos de idade e após concluir o seu curso, iniciou a carreira de técnico de contas, até 1984, ano em que, por motivo de doença, iniciou a reforma antecipada.
Com a reforma, veio o “não ter nada para fazer, ficava em frente à televisão durante a tarde e os dias iam passando assim”. Certo dia, João, que nunca tinha escrito poesia, viu um anúncio no jornal da Câmara Municipal de Fafe para um concurso em que pediam um soneto. Curioso, pesquisou nos livros de escola das crianças o que era um soneto, e conseguiu enviar as suas palavras escritas para o concurso, obtendo o primeiro prémio. 


 A partir daí começou a participar em vários concursos e hoje conta com um impressionante número de 1532 distinções em concursos, entre Portugal e o Brasil. “Estou há 30 anos sem estar dependente de ninguém, senão de mim mesmo. Ou faço poesia ou prosa…ou então dedico-me ao meu croché em arraiolos”, diz bem-disposto João. “Hoje em dia não posso estar parado. Nós não podemos ficar parados, temos que fazer da vida uma dança, pois a vida é o tempo que Deus nos empresta”.


O público sénior aderiu e surpreendeu a Comissão Sénior, que não contava com um grupo tão numeroso.