No dia 11 de março teve lugar uma conversa/tertúlia sobre as quintas de Carcavelos. Para tal contámos com a presença do Professor Fernando Catarino, do Professor Valentim Almeida, do Professor A. Caldeira Cabral e de D. Filipe Folque de Mendóça.
Coube a Valentim Almeida fazer uma apresentação sobre as quatro quintas em destaque: Alagoa, Rana, Lameiro e Cartaxeira.
Segundo o Professor, a vila de Carcavelos chegou a ser sede de Concelho entre 1759 e 1764 e chegou a pertencer ao Concelho de Oeiras e só depois passou a ser definivamente uma freguesia do Concelho de Cascais.
Segundo o Professor, a vila de Carcavelos chegou a ser sede de Concelho entre 1759 e 1764 e chegou a pertencer ao Concelho de Oeiras e só depois passou a ser definivamente uma freguesia do Concelho de Cascais.
Originalmente, era uma localidade constituída por várias quintas que pertenciam a famílias abastadas da
época. Foram estas famílias que, em estreita relação com a Igreja, deram o seu contributo no apoio à população pobre.
A Quinta da Alagoa, de Rana, do Lameiro e da Cartaxeira, eram todas elas grandes produtoras do Vinho de Carcavelos.
A Quinta d’Alagoa foi habitada por Jesuítas durante mais de cem anos. Atualmente grande parte da Quinta foi urbanizada, constituindo hoje uma extensa zona habitacional. Dispõe de um cuidado jardim, de um campo de ténis e um parque infantil, que fazem dela um local de lazer muito apreciado por todos. Como património arquitetónico, mantem parte da casa de habitação, adega, o “conventinho” e um miradouro. Esta quinta pertenceu à família Belmonte e foi lá que residiu durante anos, Frei Hermano da Câmara, com seus pais e irmãos.
Rana mantém a casa principal que é ainda habitada por descendentes do último proprietário e tem, entre outras relíquias do passado, uma nora, um aqueduto que podem ser visitados, além de uma árvore especial: um dragoeiro. Parte da quinta foi vendida mas atualmente existe uma escola em construção, um parque infantil, uma explanada e um borboletário.
Lameiro também apresenta a residência antiga e, de entre todas as Quintas, esta era a que dispunha da maior adega. Este espaço passou mais tarde a celeiro, e, posteriormente, foi usado como espaço comercial de bilhas de gás. Existe atualmente um projeto urbanístico para esta Quinta, sem que se saiba ao certo o que trará esse projeto.
A Quinta da Cartaxeira teve grande importância, pois foi lá que surgiu a Casa de Trabalho para raparigas abandonadas, uma obra social que se expandiu a outras áreas. A Casa de Trabalho prolonga-se até aos nossos dias sendo agora um Jardim de Infância, cuja tutela é atualmente da Paróquia de Carcavelos. A casa, estilo chalet suíço, é residência de várias famílias.
Anabela Lima (voluntária)
1 comentário:
Gostaria de saber mais sobre o vinho de Carcavelos e a Quinta do Barão. Realizam algum tipo de visitas guiadas à Quinta?
Mariana Branco
Enviar um comentário